Maior incidência em pacientes maiores de 40-50 anos. E é mais comum em negros.
Fatores de risco
- Negros
- Tabagismo é um do principais fatores de risco, sendo diretamente proporcional à carga tabágica
- Diabetes Melitus (geralmente consequência do câncer)
- Obesidade (maior ingestão de calorias)/Sedentarismo
- Alimentação rica em gorduras/carnes/café
- História Familiar positiva
- Pancreatite crônica / Pancreatite crônica hereditária
Cerca de 95% das neoplasias de pâncreas se originam no epitélio ductal, na porção exócrina do pâncreas.
O tumor pode envolver a cabeça do pâncreas, o corpo ou a cauda. Sendo a localização mais comum a cabeça (70%).
Manifestações clínicas
As mais comuns: (1) Perda ponderal; (2) dor abdominal e (3) icterícia colestática.
(2) A dor abdominal costuma ser epigástrica, constante, irradiada para o dorso, e geralmente pós-prandial. A dor ocorre por invasão tumoral do plexo celíaco e mesentérico.
(3) Esta sintomatologia é típica dos tumores de cabeça de pâncreas, envolvendo a Síndrome Colestática = icterícia + colúria + acolia fecal.
Exame físico
- Sinal de Courvoisier Terrier - vesícula biliar palpável indolor. Este sinal traduz tumor periampular, com obstrução crônica da via biliar, proporcionando crescimento lendo da vesícula. (esse crescimento lento justifica o porque vesícula é indolor)
- Pode apresentar sinais de desnutrição, massa abdominal e/ou ascite, hepatomegalia, nódulo periumbilical (Sister Mary Joseph), linfonodo de Virchow (supraclavicular esquerdo). Estes são sinais de doença mais avançada.
Diagnóstico
1- USG endoscópica - mostra extensão e nível de obstrução do tumor. Visualiza também vesícula biliar e pâncreas.
2- TC - define massa e metástase. E com contraste IV avalia vasos mesentéricos, veia porta e metástases.
3- CPRE (Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada) - Achados característicos são estenose ou obstrução do ducto pancreático ou colédoco. Não é usada de rotina.
4- Marcadores tumorais - CA 19,9 e CEA
Estadiamento
T1- restrito ao pâncreas < 2 cm
T2- restrito ao pâncreas > 2cm
T3- envolvimento de órgãos ou estruturas adjacentes ressecáveis
T4 - envolvimento de órgãos ou estruturas adjcentes irresecáveis
N0- sem acometimento linfonodal
N1- com acometimento dos linfonodos regionais
M0- sem metástases
M1- com metástases
Tratamento
O único tratamento curativo é a ressecção do tumor.
*Para os tumores de cabeça de pâncreas e periampulares: Pancreatoduodenectomia (Cirurgia de Whipple). Essa ressecção envolve vesícula biliar, colédoco, 15cm do jejuno, duodeno, estômago distal e piloro, e a cabeça do pâncreas até o nível da veia mesentérica superior. A reconstrução do TGI é feita com uma porção proximal de alça do jejuno trazida através do mesocólon transverso que receberá as anastomoses:
1- Hepaticojejunostomia
2- Pancreáticojejunostomia
3- Gastrojejunostomia
*Para os tumores de corpo e/ou caula de pâncreas a taxa de ressecabilidade é muito baixa - Pancreatectomia distal
*Tratamento neo-adjuvante (antes da cirurgia) - quimioterapia e radioterapia podem proporcionar melhores ressecções dos tumores.
*Tratamento Paliativo - tem como objetivo controlar os sintomas causados por tumores irressecáveis ou recidivantes, para uma melhor qualidade de vida.
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